17 agosto 2013

OS EXEMPLOS VÊM DE CIMA…

Convido-os a colocarem-se no enfiamento da saída das viaturas oficiais de uma daquelas reuniões de Estado como esta que aparece acima realizada no Palácio de Belém, olhando para a banda amarela do lado direito das matrículas, para descobrirem como todas ou quase todas terão menos de dois anos de serviço, i.e., já foram adquiridas com o actual governo em funções. É evidente que, ao contrário do que se ouve a qualquer taxista, a redução do deficit público nunca se conseguiria realizar apenas através de uma gestão mais parcimoniosa da frota do Estado. Porém, Pedro Passos Coelho logo no início do seu mandato em Junho de 2011 mostrou a sua sensibilidade para a importância do carácter simbólico destas pequenas poupanças em deslocações, quando anunciou e pôs a sua máquina a publicitar a sua determinação para que, quando em serviço do Estado, se viajasse de avião em classe económica.
Mas, porque entretanto se passaram dois anos, é precisamente avaliando em profundidade e recordando tal precedente que se percebe quão inconsequente terá sido a determinação do primeiro-ministro (algo que a sua máquina nos repete que ele tem, e muita...) quando se continuam a assistir a paradas de viaturas de alta cilindrada novinhas em folha, levantando-se a natural interrogação porque será que as viaturas igualmente de alta cilindrada mas com mais de dois anos já não serão capazes de desempenhar as mesmas funções? Como descobririam os assessores da imagem do primeiro-ministro, se Passos Coelho se tivesse mantido coerente com a capa da parcimónia, talvez o conteúdo da suas mensagens actuais pudesse ter sido substancialmente mais respeitado, mas como diz o ditado popular, e o povo acumulou muito mais sabedoria que os assessores, as mentiras têm sempre a perna curta

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